A crítica e o cabresto

Quem sou?
Será a vida uma construção minha?
Sou o que quero ser?
Como gosto do que gosto?

A resposta é sempre a crítica,
O relacionamento social,
Construtor de gente,
Seletor dos rumos.

Sem o outro,
Todo tempo seria inútil,
Na compreensão do eu.

É estranho que quanto mais difícil,
Seja melhor para se evoluir.
Pois parece ser um sentido,
Diferente da paz e razão.
Porém é no espelho da consciência,
Onde, de um lado o preconceito do eu,
De outro lado a diferença podem se ver,
Geram uma nova imagem,
Baseada na interação,
Na convivência relacional,
Que formamos o que somos,
Sempre uma conclusão presente,
Nunca no passado ou no futuro.

A crítica na convivência,
É um trecho pedregoso do caminho,
Difícil de vencer com agilidade,
Pois requer digestão mental,
Não simplesmente atravessar,
Mas de compreensão e crescimento.

Convivendo mais,
Teremos mais críticas,
Aproximamos ainda mais do reflexo,
Conhecemos mais sobre nós,
Conforme observamos mais o outro.
Mas como tornar a crítica salutar?

Entendo seus motivos!
Pacientemente para rever detalhes!
Dialogando sobre o tudo e o nada!
Buscando a essência de si,
Confrontando-a com a visão do outro,
Ambas no mesmo espelho.

Para a dureza de nossos corações,
Que desprezam as oportunidades críticas,
Terão no fel da dor uma próxima chance,
Onde a solidão e o extenso tempo,
Serão o cabresto de nossa vida.

Não apenas viva,
Conviva!!!

Autor: Fabrício Ap Zafalon