A cura é amarga, mas duradoura



Às imposições da vida,
Nos levam por becos,
Dilapidam nossa energia,
Revelam a face da dor.
 
Não queremos sentir,
Nem agir para evitar.
Carregamos o fardo da inércia,
Onde tudo que deixamos de lado,
Servirá como volume extra.

Atuamos cada vez mais materialmente,
Construindo um mundo complexo,
Com inteligência artificial,
Robôs ultra capazes,
Para atender seres humanos incapazes...
Incapaz de sentir se próximo se distanciando,
Sentir que a complexidade é uma desculpa,
Que a fome de uma criança,
Significa a falência humana na Terra.

O mundo criado por Deus,
É o mundo de equilíbrio e justiça,
Que é degradado nas queimadas,
No esgoto que polui o rio,
No lixo que produzimos com nossos bens.

Toda esta complexidade da vida moderna,
Não resolve o básico da vida animal. 
Toda a dinâmica econômica financeira,
Já tornou os homens bilionários,
Capazes de controlar milhões de pessoas,
De territórios e até o tempo.
Mas não controla a sensação de vazio,
Da boca amarga e da solidão.

Ao tempo que escrevo aqui nesta tela,
Que daria para matar a fome de irmãos,
Sirvo-me de um mundo injusto,
Onde cada palavra escrita,
Salvaria uma vida se fosse bendita.

Cada dia mais fumaça,
Mais lágrimas caem,
Menos se vê,
Menos se sente,
Mais se condena.

"Olhai os lírios do campo..."
O que buscamos,
Já está conosco!!!

O que te falta,
É o que deixas de dar!


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