Em fim, o começo

O dilema entre o começo e o fim,
Está na busca do ideal.
Quando a luz se apaga,
Pode se ver as estrelas,
Mas quando a esperança finda,
Os dias mais ensolarados,
Terminam em trevas.

Se o tempo lhe perturba,
Na chega ou na partida,
Os momentos são breves,
Mas o todo do calendário é contínuo,
Sem limites temporais,
Na unicidade das vivências,
Toma-se o entendimento da experiência.

Entre o começo e o fim,
Há quem perca-se no labirinto,
Diáfano dos pensamentos fragmentados.
São diversas portas que abrem-se,
Oportunizam compreensão,
Cobram mudanças na dor,
Resgatam vidas pelo Amor.

Ao tempo que flui continuamente,
Não se atribui decepções ou alegrias,
Pois o tempo só leva o que lhe é entregue,
Dado ou desprezado se vão lembranças,
Clareando o céu tempestuoso da saudade,
Para que se dê atenção ao novo que chega.

Não há descontinuidade,
Tudo segue no sentido maior da vida,
Nada termina nem começa fora de hora,
Na cronologia está o sentido das ações,
Nos sentimentos as razões da evolução.

O ano vem com novas cores,
Pintadas pela esperança,
Crendo com fé e agindo com força,
Sem as ilusões da inatividade,
Crendo no sorriso da criança,
Mas com fé raciocinada e lúcida,
Sem perder as oportunidades,
Que se afloram a nossa frente,
Todos os dias que virão.

Autor: Fabrício Ap Zafalon

Nenhum comentário:

Postar um comentário