Recorrem a
mim verso e prosa
Saudade
desejosa
De poetas e
poetisas brasileiros.
A poesia,
bela escrita do amor
Pode ser
doída ou flor
Pode fazer
chorar
Mas recria no
instante o luar
Ao sorriso
estampar
No coração
puro a beijar.
Cecília fonte
viva da lírica
Dor e
fantasia imbuídas
Na aurora mais
rica
De indagações
atrevidas
Castro Alves
de poesia social
Ao mar com
Navio Negreiro
Sempre forte
no apelo moral
Representa a
bandeira ao sul do Cruzeiro
Cora Coralina,
mulher forte
Decidida a
educar com poesia
Ao vermelho
das águas do dia
Vive em
essência e não com sorte
Ao longo da
estrada das montanhas
Passo ao lado
de Mario Quintana
Poeta
romântico e simbólico das entranhas
Ao
surpreender a simplicidade de forma mundana
Por Bandeira
começa a semana de 1922
Moderno e
parnasianos sapos
Salta aos
olhos de dois em dois
Clama pela
arte na poesia de fiapos
Com Mario de
Andrade adentro a selva de pedra
Moderna e
arrojada no nacionalismo viril
Compõe a
liberdade urbana sem rima
Desvaria pela
cidade com mente ativa
Dos escritos
subjetivos
Vem com Bilac
a descrição parnasiana
Detalhista
nos objetivos
Emoldura a
cultura brasileira com gana
Ao ícone de
nossa literatura,
Cito Machado
de Assis em verso e prosa
Casmurro ou
Borba, segue na augura
Realística da
essência amorosa
No ínterim do
tempo adverso
No Barroco
sigo prosa e verso
Volto ao
“Boca do Inferno”
Gregório de
Mattos, poeta eterno
São muitos os
poetas e poetisas neste nobre chão
Homens e
mulheres com chamas na mão
Escrevem como
profissão
A vida em
fusão
São letras,
são melodias
São Amor e
poesias
Seres de luz
e flor
Onde elevam o
calor
Sou passado,
presente e futuro
Em poucos
pontos até escuro
Com vida a
toda vida
Por Amor se
finda.